Não dá pra
criar os filhos dentro de uma bolha e protegê-los de tudo e todos. Eles vão ter
contato com violência, com palavrão, com a parte errada do mundo que nós deixamos
acontecer até hoje. O mais correto é preparar o terreno e dar suporte para
nossas crianças entenderem o que é essa coisa, como funciona e o que fazer a
respeito.
É impossível evitar que seu
filho nunca tenha contato com palavrão. Sempre vai ter uma tia avó desbocada,
um primo adolescente, uma topada, ou um jogo de futebol por perto para colocar
a finesse de lado. Então, por mais que você diga que é horrível, que nunca deve
ser falado, vem sempre a famosa frase: “Mas o fulano fala”, e a resposta
igualmente clichê, “mas você não é fulano”. Mas quando o fulano é alguém da sua
família, como seu avô, fica difícil argumentar. Aí entra o bom exemplo dos pais, como forma eficiente de ensinar os
pequenos a não pronunciarem palavras tão feias. A criança aprende pelo exemplo,
o mais correto é que não falem palavrões em frente aos pequenos. Caso ela já tenha
este hábito, o melhor é não dar ênfase, pois assim ela perderá o foco.
É até engraçado uma criança descobrindo
palavrões, pois nunca mais na vida vai existir uma transgressão tão deliciosa e
ingênua como essa. Não confundam com o xingamento em si, que é horrível e
desrespeitoso, mas o ato de descobrir que existem palavras proibidas.
Neste caso o mais importante
é ensinar que cada ocasião exige um tipo de linguagem e que o respeito deve ser
usado em todos os momentos.
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